Professor Jaci participa de entrevistas no iLab: “Empreendedorismo e Ética”
No dia 31 de agosto de
2017, participei do iLAB Show 3 com o tema “Empreendedorismo e Ética”. Com
professores Geraldo Campos e a professora Carolina Rubin, a produtora Anne
Rafaela e Sérgio Murilo na bancada.
Ética do empreender.
Pensar o tema empreender com ética foi muito
interessante porque pude salientar o aspecto da ética do empreender como um
constitutivo do nosso ethos humano crítico-criativo.
Sim, é próprio do ethos humano o princípio-esperança
descrito por Ernst Bloch, o filósofo que desenvolveu, a contragosto do partido
comunista alemão, o princípio de que o caos é fértil; de que a crítica ética
humana não se fixa no negativo. Ao contrário, ela é apodítica, descobre e encaminha
saídas solidárias.
O empreender estará linkado, assim, na coerência com
o ethos do humano se conseguir responder ás perguntas da ciência da ética: para
que e para quem¿ Ou seja, o empreender ético é o que elege como propósito,
missão e valores uma finalidade biocrática, como descrevia nosso sábio
pedagogo Paulo Freire. Um empreender biocrático é aquele que se deixa governar
pelo valor inalienável da vida. Esse modo de empreender se desenrola num clima
ético de sensibilidade com as manifestações da vida quer seja ecohumana, animal,
vegetal e inclusive tem uma repercussão sideral cósmica.
Talvez um grande problema atual do empreendedor seja
se deixar cair nas armadilhas dos códigos deontológicos, que se intitulam
códigos de ética. Cabe á ética do empreendedorismo perguntar a quem interessam
as leis ali escritas. Nesse sentido, não
é nada fácil o empreender ético; mas difícil é o habitat do ethos humano.
Por isso, lembrei que todo empreender ético é
criativo e alegre, sério, mas de seriedade sorridente, como o clima do programa
de rádio online animadíssimo com a
equipe coordenada pela dupla de professores Geraldo Campos e Carolina Rubin.
“Reclamar ou empreender?”
Devido ao clima ético de alegria e descontração, na
segunda entrevista em 6 de setembro de 2017, levei violão. O tema de conversa era
“Reclamar ou empreender?”. Cantei esse refrão “O chão só dá se a gente
plantar; Se a gente não planta o chão não dá!”
Música dos anos 1960 que convocava a comunidade
humana e cultural para uma democracia participativa, rompendo com toda postura
de vitimismo cultivada pelos países ricos em países chamados do Terceiro Mundo,
abaixo do equador, culturas de
dependentes. Um contexto que demanda perguntar-se: “Reclamar ou
empreender?”. Sim, reclamar e, ao mesmo tempo, ativar um empreender que
promove, que cuida, que transforma as realidades.
Da esquerda para direita: Anne Rafaela, Geraldo
Campos, Sérgio Murilo Ouriques (ao fundo) Jaci Rocha Gonçalves, Carolina Rubin.
Jaci Rocha Gonçalves
Copydesk e editoração – Leonardo Santos.
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