O Perfil Pluralista - demanda da vida e do mercado

Dentre as lições da SIDD 2017, ficou a experiência do Simpósio sobre o tema O Perfil Pluralista - demanda da vida e do mercado promovido pelo recém criado  Projeto  Direitos Humanos e Mediações Culturais que é um projeto transversal porque perpassa todos os cursos da UNISUL, em união com o Grupo de Pesquisa Revitalizando Culturas.


Foi na ampla sala 322 do bloco B, no Unidade Pedra Branca bem no dia de São Francisco, 04 de outubro. O Simpósio focou duas novas sensibilidades que crescem e interferem nas opções de mercado com causas biocráticas. São, na verdade, duas formas de causas ligadas profunda e coerentemente a proteção e defesa da vida, ou sejam, causas da humanidade e ambientais.


O tema O Perfil Pluralista tanto pessoal como profissional quis salientar esses sentidos de demanda da vida, antes de tudo, e também demanda do mercado. Tanto o encontro matutino quanto noturno desdobrou-se em três momentos. O primeiro foi o clima e simpósio desfrutando daquela possibilidade, como faziam os gregos, de conversarem  entre abraços e comes e bebes, temas que nos interessam para vivermos mais felizes. Bom, não teve os comes e bebes, mas o clima estava bem descontraído.


O primeiro embalo foi ao som de “Gente Humilde”, música de Garoto dos anos 50 do séc. XX; a poesia une Chico Buarque de Hollanda e Vinicius de Moraes. Após conversa em círculo, com possibilidade de troca de ideias, desfrutou-se do momento da visitar e analisar em equipes a exposição sobre os últimos 19 anos de Revitalizando Culturas e 20 anos de Unisul, com as comunidades da Palhoça e Grande Florianópolis.


Pelo método da práxis, ou seja, de aprender com o vivido, uma equipes trabalhou os UniDiversidades e Direitos Humanos, dentre os eventos mais recentes reunindo tudo aquilo que se fez e faz em termos de aprendizado com a riqueza do outro diferente cultural. A premissa conceitual de leitura foi o artigo 27 da Declaração dos Direitos Humanos de 10 de dezembro de 1948: “1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.”


As 48 nações assinam esses direitos de relações com o diferente da gente e também a valorização das autorias individuais e comunitárias das produções culturais. Ao mesmo tempo em que reconhece a humana capacidade de elaborar respostas diferenciadas de forma inteligente e sábia fruto da interação com todo o ecossistema.
Um recorte especial para a visitação de outro grupo, foi a relação da Unisul com os remanescentes indígenas do estado de Santa Catarina; em Palhoça, com as cinco aldeias guarani e outras seis da Grande Florianópolis. Foram três exposições fotográficas de autoria endocultural, ou seja, dos próprios indígenas sobre si mesmos. Uma exposição reunia saberes colocados em livros, de forma bilíngue, sob o título “arqueologia de saberes e de fazeres dos guarani”.


Outra equipe avaliava as produções estéticas feitas a seu pedido de suas sabedorias gravando canções autóctones, danças, uso de roupas com pintura; fotos e declarações sobre culinária, medicina, jogos, religião, língua e economia. O prof Jaci explicou, a propósito: “Essas produções mostram a libertação dos guarani daquela imposição legal que, desde o Diretório de 1755, impedia a eles de falarem a própria língua, usarem seus próprios costumes e nomes, a própria religião com suas danças e cantos, enfim, todo o campo da estética, onde os povos mais cultivam seus sentidos de vida.”


Copydesk :  Leonardo Santos
Fotos: Alexia Oliveira

Coordenação: Jaci Rocha Gonçalves






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