Indígenas de Palhoça na capital do país
Leonardo Santos*
Começou na segunda feira (24) o Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília na Praça dos Três Poderes. Estima-se que cerca de 1,5 mil lideranças indígenas de todo território nacional passem por lá até o dia 28 de abril. O ATL 2017 está sendo promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que tem tido reuniões com auxilio tecnológico via whatsapp. O apoio também vem das organizações indígenas, indigenistas, da sociedade civil e movimentos sociais organizados.
De Santa Catarina, via ônibus, 30 lideranças indígenas guarani e kaingang partiram para Brasília no ATL. Como não poderia deixar de ocorrer, nossos colegas do Morro dos Cavalos e de Imaruí de Laguna também se fazem presentes. No facebook, publicações de fotos encontrando os colegas ilustram as “timelines” de Kerexu Yxapyry (Eunice), Wasa’I Mawe (Wesley) e Elizandro Karaí Antunes.
Da esquerda para direita Kerexu Yxapyry, Wasa'i Mawe e Elizandro Karaí Antunes |
Estão acontecendo marchas, atos públicos, audiências com os três poderes, debates, palestras, grupos de discussão e atividades culturais. Nas pautas da mobilização, o principal assunto é a paralisação das demarcações de terras indígenas; entretanto, também serão debatidos empreendimentos que impactam de forma negativa nos territórios indígenas como desvalorização da saúde e educação indígenas diferenciadas.
Na tarde de terça feira, a polícia e os indígenas entraram em confronto. Foram usadas armas com gás de pimenta e balas de borracha para afastar os manifestantes originários, conforme testemunho de Marcos Morreira Karaí, presidente do Conselho de Caciques Guarani de Santa Catarina, à coordenação do Programa Revitalizando Culturas da Unisul.
*(Estagiário Revitalizando Culturas)
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