Jovens do Colégio Alpha de São José/SC fazem mergulho intercultural na aldeia Mbyá-Guarani Itaty.

Quando chegaram à aldeia do povo Mbyá Guarani, TI Morro dos Cavalos em Palhoça/SC,  na tarde de 19 de outubro de '22, os estudantes da equipe "O mundo que não enxergamos!" foi surpreendida com a festa de estadualização da Escola Indígena Itaty comemorando os  20 anos de sua fundação em 2002. 


O cacique Teófilo Gonçalves explicou a importância da Casa de Reza (foto) próxima da escola, lembrando sua tríplice função espacial de oração, medicina e política do cotidiano para a comunidade Mbyá Guarani local.



A presença inesperada de Kerexu Yxapyry (foto) emocionou estudantes que votaram nela nas últimas eleições fortalecendo a visibilidade e competência dos povos originários deste Brasil de muitos Brasis, como dizia o antropólogo e educador indigenista Darci Ribeiro cujo centenário comemora-se neste ano. 


Kerexu lembrou aos estudantes sua emoção como primeira professora Mbyá Guarani desta escola e algumas conquistas como o fato de ter docentes autóctones, exceto apenas a diretora desta escola. Inclusive com características de escola diferenciada bilíngue e multicultural.



O uso da forma hexagonal na arquitetura da escola Itaty, como fazem as abelhas, e o currículo focado nos saberes e ethos cultural Mbyá Guarani explicitam o fortalecimento de seu modo cultural de visão de mundo na qual a terra é considerada mãe e todos os seres ecossistêmicos são parentes.



O Homo Serviens, através do prof. e teólogo culturalista Jaci Rocha Gonçalves, lembrou aos estudantes que é nas artes e artesanato que o Guarani revela seus sentimentos e sentidos, sua cosmovisão. "Eles não fazem artesanato para sobreviver mas, através do conceito de reciprocidade, eles trocam os sentidos para viver. As riquezas de seu modo-de-ser, portanto, de seu ethos cultural'', disse Jaci.

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