O evento "Penso, logo reciclo" no Terceiro Festival da Terra, em Palhoça
A conclusão do décimo aniversário da
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, em 13 de
setembro de 2018, não poderia vir em melhor hora do que no evento Reciclo e o
Terceiro Festival da Terra, com o slogan “Penso, logo Reciclo”.
Professor Jaci abre o evento "Penso, logo Reciclo" |
Tudo começou com uma reunião convite para
o Prof. Dr. Jaci Rocha Gonçalves, coordenador do Grupo Revitalizando Culturas e
do Projeto Direitos Humanos e Mediações Culturais, receber e ouvir alunas dos
primeiros ciclos que estavam provocando a universidade, tendo Ana Paula Godoy
como porta-voz, e os professores a respeito do cuidado que deve se voltar a ter
com a Terra, além da possibilidade de avaliar o comportamento que ocorre no
campus universitário em relação a resíduos. Ao mesmo tempo, a provocação estava
liderada também por duas jovens professoras doutorandas, uma da Engenharia
Ambiental e Sanitária, professora Marina de Medeiros Machado; outra da
naturologia, professora Aline Armiliato Emer e professor Dr. João Antolino Monteiro, da EAD.
A reunião seguinte já foi reunindo forças,
visando um dia em que se fizesse a proposta de continuar ampliando a coleta de
todo tipo de papel, especialmente papel branco, em cada setor do Campus Pedra
Branca, da Unisul. Ao mesmo tempo fazer um grande movimento em torno da
utilização do óleo de fritura como matéria prima da usina da Pro-CREP (Criar,
Reciclar, Educar e Preservar), que funciona no bairro da Pinheira.
Professora Aline Armiliato e Ana Paula Godoy idealizadoras do evento |
Num segundo momento, se pensou em buscar as
sabedorias indígenas, fortalecendo outra discussão importante hoje no Brasil, a
presença política das lideranças indígenas já que existe um grande vácuo em
Brasília, desde os tempos de Mário Juruna/Dzururã, falecido em 2002. Além de
informar que existem hoje na luta política indígena: 141 homens e mulheres
indígenas candidatos ao parlamento.
Na abertura do evento, a presença do
professor Jaci trazendo a música “o chão dá se a gente plantar, se a gente não
planta o chão não dá”, música de Jair Rodrigues, num momento de animação,
refrão e dança.
Recuperando a memória do Lixo Zero, lembrou que tal como este evento, também foi idealizado por um estudante de naturologia, no mesmo pátio em que Ana Paula conversou com Jaci sobre a possibilidade do Reciclo. Mariano foi aquele que trouxe o pessoal da engenharia ambiental regional para criação do Lixo Zero.
Professora Marina falou sobre a parceria entre Unisul e Pro-CREP |
Elizete Antunes, cacique da aldeia Yaka Porã do Morro dos Cavalos |
Kerexu Yxapyry, ex-cacique da Aldeia Itaty |
Abigicelia, de nome indígena Martiani (mata fria), professora indígena
do povo Shonendauá, Aldeia Morada Nova, onde há 800 pessoas (90 famílias) na
cidade de Feijó, Acre, e já foi participante do
Parfor (Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica).
Ingrid Assis Sateré-Mawé falou sobre
Sustentabilidade e e o bem viver dos indígenas na Amazônia |
Leopardo Sales falou sobre sustentabilidade na floresta e na sociedade |
Marquito falou sobre compostagem de resíduos sólidos e orgânicos |
Rodrigo Durieux da Cunha falou sobre a Meliponicultura. |
Professor Dr. João Antolino reuniu o público para falar sobre as sementes e dar início a troca. |
Márcio Zapican uniu o público em uma roda de conversa e falou sobre as alegrias do bem-viver como modo de vida ambiental liber´ta |
Foram presenças qualitativas ao longo de todo dia, começando às 11h da manhã e terminando por volta das 19h, no hall do bloco G, da Unisul Pedra Branca.
O evento se integrou com o 3° Festival da Terra, que ocorreu deste 1º de agosto até 30 de setembro na Aldeia Yakã Porã. Fruto do festival foi a construção da escola indígena, terminada com embarramento duplo, dentro da mais tradicional arquitetura guarani, contando com auxílio de alunos da Unisul e voluntários do Instituto Homo Serviens. A inauguração está prevista para o final de novembro no 13° UniDiversidade.
Makelis Paim voluntária do Instituto Homo Serviens se uniu ao embarramento da escola indígena.
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