Março: Espiritualidade e utopia factível

                                                                                                       Espiritualidades no timing da vida.

Março de volta às aulas. Março da retomada de trabalhos. É Março do dia 8 (lembrando mulheres lutando por seus direitos trabalhistas). É março do dia 24 (da mãe Terra). Março de ações da Polícia Federal, MPF/ equipe do juiz Sérgio Moro. É Março dos 500 anos do lançamento do livro Utopia, de Thomas Morus (1515), no coração de Londres.

São Thomas Morus foi um franciscano secular, alegre e acalentador de sonhos. Participou da vida política como diplomata, escritor, advogado e homem de leis. Ocupou vários cargos públicos e entrou para a história como símbolo da criatividade no caos político. Gestou e criou alternativas por relações mais justas e solidárias numa Europa gananciosa pelas riquezas. Seu romance, Utopia, foi inspirado no jeito de viver dos indígenas mexicanos e sul-americanos.

Neste mês de março, algumas igrejas, religiões e movimentos civis estão vivenciando uma Campanha de Fraternidade Ecumênica, sob o sugestivo lema: “Casa comum, nossa responsabilidade”. É uma convocação para relações de gratidão, respeito e responsabilidade como sujeito-sujeito junto a Mãe Natureza.

Isso quer dizer, na prática, a adoção de rotinas como separar o lixo, reciclar, encaminhar resíduos sólidos, devolver à terra o material orgânico e muitos outros gestos.

Assim, as utopias (u=não; topos=lugar) passam a se transformar em topias, fatos concretos, gestos simples como o sugerido pelos alunos da Unisul Pedra Branca (e o que está acontecendo todas as quintas-feiras): Chega o caminhão da PRO-CREP da Pinheira e recolhe todas as doações de papel, plásticos, latas, óleo de cozinha, etc.


Vai tudo para a cooperativa, que reúne  cerca de 30 famílias de ex-catadores e ex-dependentes químicos da região. Elas vivem deste trabalho. O óleo é transformado em biodiesel para uso das embarcações. Estudantes, docentes e comunidade local trocam vivências, conhecimentos e histórias, unindo universidade e comunidade. É a espiritualidade de março. “Vamu q vamu”, pessoal.

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