Homo Serviens no Seminário Internacional China Hoje
Representação
de Bruno Luz, aluno de jornalismo da Unisul.
Na quarta-feira, 31 de outubro, o
Instituto Homo Serviens foi representado no Seminário Internacional “A China
hoje: Tradição e Inovação”, pelo novo membro da equipe Bruno da Luz, estagiário
de Jornalismo. A convite do professor Yu Tao, que divulgou seu mais novo livro
“Mandarim Celestial”, Bruno leu a seguinte mensagem escrita pelo presidente do
Homo Serviens, Prof. Dr. Jaci Gonçalves:
“Caros participantes do Seminário
Internacional com o tema ‘A China hoje: Tradição e Inovação’.
Na qualidade de presidente do recém criado
Homo Serviens, Instituto Biocultural, agradeço a oportunidade de dar esta
mensagem que me foi oferecida pelo Doutor Yu Tao e pela Doutora Li Qinyun,
ambos meus conhecidos faz mais de 15 anos e, há três anos, parceiros
sistemáticos também do Homo Serviens.
Tive, pois, em tempo suficiente, a
oportunidade de observar o quanto para esses dois pesquisadores a palavra
inovação toca em suas essências.
Primeiro foi desde que encaminhei Yu Tao
para estudiosos da arqueoastronomia regional catarinense. Este jovem
pesquisador chinês percebeu a importância dos estudos siderais para os povos
originários, especialmente os Guarani, aos quais me tenho dedicado nos últimos
quarenta anos de vida. Estamos redescobrindo, por exemplo, o Caminho da Anta; a
Via Láctea que indicava a rota no chão.
Segundo, foi a similitude da preocupação
do casal chinês em sua pesquisa, com os tempos pré escritura na China,
possibilitada recentemente pelo governo chinês. Também aqui em Santa Catarina,
o povo guarani insiste em manter sua oralidade. De fato, para eles, o escrever
é, de certa forma, trair aquilo que é a palavra plena, é matar a alma da palavra.
A palavra oral tem rosto, mímica, movimento e a alma. Daí a insistência do
guarani para o não uso da escritura na rotina de comunicação entre si.
Portanto, há uma preocupação dos dois povos em vista de uma comunicação
holística, o mais completa possível.
Além do mais, este povo tem muitas
semelhanças com os povos que compõem a República Popular da China, semelhanças
entre os seus ideogramas e também a forma de comunicação com as feitas pelos
guaranis. Aí, pois, encontra-se o cerne da inovação, um provável caminho que
nos pode fazer aprofundar uma comunicação biocrática como costumamos dizer
entre nós no Homo Serviens, ou seja, aquela que se deixa governar pelo valor da
vida.
É por isso que deixamos aqui nosso abraço
solidário a este encontro marcando compromisso reflexivo com a INOVAÇÃO nas
fontes da TRADIÇÃO GENUÍNA. Parabéns! A nosso ver é uma iniciativa kairológica
porque abraça memórias não só dos 70 anos dos últimos caminhos da China mas
também dos 70 anos dos Direitos Humanos.
Desejamos que todos os participantes
diante de toda essa realidade rica possam assumir conosco o nosso slogan dos 70
anos dos Direitos Humanos: “muito ainda por fazer!”.
Estas palavras são lidas pelo nosso jovem
emissário e futuro jornalista Bruno da Luz, na impossibilidade da nossa
presença. Cremos ter sido a representação mais consistente e rica pois que um
dos seus sonhos é, o quanto antes possível, poder estudar por um certo tempo na
China. É a nossa juventude deste lugar que não é o Ocidente e, sim, como dizem
as novas escolas da antropologia cultural, aqui é o Oriente do Oriente.
Muito Obrigado.
Prof. Jaci Rocha Gonçalves, Dr.”
O seminário ocorreu no auditório do curso
da engenharia mecânica na UFSC e, além da divulgação do trabalho dos
professores Yu Tao e Li, teve palestras a respeito do ensino da língua Chinesa
no Brasil e a evolução das artes com as transformações contemporâneas da China.
Bruno da Luz
Orientação Jaci Rocha Gonçalves
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